segunda-feira, 17 de junho de 2024

Lula diz não entender “pressão” contra Haddad e chama ministro de “extraordinário”







Na Suíça, presidente afirmou que ministro “tentou ajudar” empresários em relação à compensação da desoneração da folha de pagamentos de 17 setores

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu em defesa, nesta quinta-feira (13), do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

“Ele é um extraordinário ministro”, afirmou Lula a jornalistas em Genebra, na Suíça.

Haddad tem tido sua atuação ministerial questionada por setores econômicos, em meio à alta do dólar e descontentamentos com o plano de ajuste fiscal da Fazenda.

“Todo ministro da Fazenda, desde que me entendo por gente, vira o centro dos debates quando a coisa dá certo e quando não dá”, completou Lula.

Nesta semana, o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), devolveu parte de medida provisória (MP) apresentada por Haddad.

A MP do PIS/Cofins visa compensar a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia.

A medida colocava que créditos tributários e de contribuição da seguridade social fossem utilizados para tanto, reduzindo seu uso por parte de setores econômicos.

A MP provocou reações de setores econômicos, que acusaram o governo de falta de diálogo, despreocupação com redução de despesas e aumento da insegurança jurídica.

O texto foi colocado em meio a prazo dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF): até 17 de julho, Congresso e governo devem chegar a um acordo sobre a desoneração.

O ministro Cristiano Zanin, do STF, suspendeu liminarmente, em abril, trechos da prorrogação da desoneração até 2027, aprovada pelo Congresso.

Zanin entendeu que a prorrogação não previu medidas orçamentárias compensatórias. Lula chegou a vetar a aprovação, mas o Congresso a derrubou.

“O Haddad tentou ajudar os empresários construindo uma alternativa à desoneração feita para os 17 grupos”, afirmou Lula.

O Haddad tentou. Não aceitaram? Então, encontrem uma solução. "Luiz Inácio Lula da Silva"

Nesta quinta, Haddad afirmou que a pasta apoiará o Senado a encontrar alternativas. “Vamos chegar a um denominador rápido (para compensar a desoneração), e colocar algumas propostas na semana que vem”, declarou, em Brasília.

FONTE > CNN Brasil > 13 JUN 24
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