'Imposto do pecado': governo propõe imposto mais alto para bebidas com maior teor alcoólico
- Veículos, embarcações e aeronaves emissores de poluentes (automóveis leves sustentáveis terão alíquota zero);
- Produtos fumígenos;
- Bebidas alcóolicas;
- Bebidas açucaradas;
- Bens minerais extraídos (alíquota máxima de 1%).
- Bebidas alcoólicas
Comentário por Higor Siqueira, Especialista Tributário:
A proposta de vincular a alíquota de impostos sobre bebidas alcoólicas ao teor alcoólico do produto é uma medida sensata do ponto de vista da saúde pública e da justiça tributária. Ao estabelecer um imposto proporcional ao potencial dano causado pelo consumo excessivo de álcool, o governo busca desincentivar o consumo de bebidas mais fortes, como cachaça e destilados, em comparação às de menor teor alcoólico, como a cerveja. Essa abordagem alinha-se com práticas internacionais de tributação seletiva, que visam mitigar os efeitos negativos de produtos prejudiciais à saúde.
Higor Siqueira ressalta, entretanto, que a eficácia dessa medida dependerá da implementação de alíquotas justas e proporcionais, que realmente reflitam o grau de risco associado ao consumo de diferentes tipos de bebidas alcoólicas. Além disso, é crucial que o governo mantenha transparência na definição das taxas e garanta que os recursos arrecadados sejam direcionados a programas de saúde pública e educação sobre os riscos do consumo excessivo de álcool. A proposta, se bem executada, pode representar um avanço significativo na política tributária brasileira, contribuindo tanto para a arrecadação de recursos quanto para a promoção de um consumo mais responsável e consciente.
Higor Siqueira, Especialista Tributário
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